Empresas dependem cada vez mais da internet para o funcionamento de seus sistemas e o armazenamento de dados, tornando-se cada vez mais vulneráveis a ataques digitais. Nesse contexto, a cibersegurança é um recurso indispensável à sustentabilidade de qualquer negócio.
O Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com mais perdas econômicas decorrentes de ataques cibernéticos, segundo a União Internacional de Telecomunicações, um órgão da ONU. Durante doze meses entre os anos de 2017 e 2018, os prejuízos somaram mais de oitenta bilhões de reais.
Ainda em 2018, calcula-se que empresas brasileiras tiveram, em média, um prejuízo de sete milhões de dólares a cada ciberataque sofrido. O aumento massivo de usuários de internet no País – hoje já são mais de cem milhões – tende a tornar a problemática cada vez mais urgente.
Apesar do cenário alarmante, 25% das empresas no Brasil não têm uma política de cibersegurança implantada que as ajudem a proteger seus dados e suas operações. E ainda que outras 75% desenvolvam alguma ação nesse sentido, não necessariamente o fazem de maneira efetiva (há quem acredite que se resolve cibersegurança com antivírus domésticos).
Vale lembrar que não são apenas grandes corporações as vítimas dessas ocorrências. Mais da metade dos ataques digitais no País acontecem com empresas de menor porte, pois comumente são elas as que detêm menor – ou nenhuma – infraestrutura de cibersegurança.
Mas, afinal, o que é cibersegurança?
Cibersegurança é um conjunto de ferramentas tecnológicas e de ações que protegem computadores, servidores, sistemas, redes, programas e dispositivos móveis contra ataques digitais e acessos não autorizados. O fim principal é proteger os dados processados, armazenados e transportados em meio digital, mantendo sua integridade, confidencialidade e disponibilidade.
As ameaças digitais podem trazer consequências variadas a uma empresa e a extensão dos danos depende da rapidez com que são identificadas e combatidas. Algumas das possíveis consequências são:
• Vazamento de informações sigilosas (sejam da própria empresa ou de clientes e terceiros);
• Roubo de senhas;
• Perda de equipamentos;
• Perda de dados;
• Indisponibilidade do sistema ou do site;
• Perda de credibilidade;
• Perda de competitividade.
Empresas que têm a cibersegurança como item importante do planejamento são capazes de prevenir ataques e de detectar e combater ameaças digitais com maior rapidez, minimizando danos e possibilitando a operacionalidade do negócio mesmo diante de tal ameaça.
Além de protegerem suas operações, garantem a segurança de dados confidenciais de clientes e parceiros, facilitando o cumprimento dos dispositivos da Lei Geral de Proteção de Dados, que passa a vigorar em agosto de 2020, impondo pesadas multas a quem não se adequar às suas diretrizes.
Mais do que proteção de dados, a proteção do negócio
Na era da internet, o mundo dos negócios funciona movido a dados. Eles são um dos principais ativos de uma empresa e um dos seus maiores patrimônios. Sua violação pode trazer sérias consequências, chegando ao ponto de afetar até mesmo sua sobrevivência.
Não à toa, a cibersegurança é uma preocupação em alta em todo o mundo, recebendo cada vez mais atenção de gestores no meio empresarial. As empresas dependem do meio digital para armazenar dados e para o funcionamento de seus sistemas. Ataques cibernéticos e vazamentos podem representar danos enormes, muitas vezes irreversíveis.
Dessa forma, os esforços exigidos na implantação de cibersegurança certamente são muito inferiores aos benefícios que ela tem a oferecer. Em um mundo em que virtual e real se confundem e que os negócios têm na internet um recurso operacional básico, a cibersegurança se torna indispensável, indo além de proteger os dados de uma empresa: protege sua reputação e a sustentabilidade de suas operações.